O diretor da Abert afirmou que o governo precisa decidir o padrão a ser adotado para a transição tecnológica. Ele disse ainda que algumas emissoras brasileiras já transmitem em caráter experimental sua programação com a nova tecnologia, seja com o HD Rádio (EUA) ou DRM (França). “Nós sabemos que a velocidade para decidir um padrão é incompatível com a aceleração tecnológica que vemos no mundo. Basta olhar como os celulares começaram, até chegar ao nível dos smartphones e tablets”, afirmou.
O assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, anunciou que será proposta na Câmara dos Deputados a criação de um Comitê de Desenvolvimento do Rádio Digital, similar ao da TV. “Precisamos nos espelhar na experiência exitosa da TV digital, cujo fórum reúne desde 2006 todo segmento da indústria, universidades e radiodifusores, para dialogar sobre temas e interesses complexos. O amálgama de divergências permitiu a construção de um sistema ideal, e o mesmo deve ser feito no rádio”, argumenta.
O gerente de Tecnologia do Sistema Globo de Rádio, Marco Túlio, que também participou do debate, afirmou que a experiência da CBN com o padrão norte-americano e o DRM mostrou que os dois sistemas são muito parecidos. Outra conclusão foi que o rádio AM não pode ser atendido com qualidade por ambos. Já o professor e doutor em comunicação pela UMESP, Flávio Archangelo, chamou a atenção para o problema dos royalties. “A digitalização precisa trazer incremento de informação e conteúdo para o radiodifusor. Tecnologias de comunicação não são só questões comerciais, elas precisam estar abertas para o uso de universidades e da sociedade de maneira geral", disse.
Assessoria de Comunicação da Abert
0 Post a Comment:
Postar um comentário